Primeiro quero declarar minha admiração pela Grazi, não por essa recente cena de sucesso, mas por tudo que ela vem demonstrando ser. A questão do “crack”, essa é muito dura de abordar. Como pessoas em sã consciência podem desenvolver substâncias que levem outras à total destruição? Como as Cracolândias podem continuar a existir, sabedores que somos de tudo que ali se passa.
Não vou esquecer a imensa revolta que me causou, no período eleitoral, reportagem feita pelo CQC, sob o comando de Marcelo Tás (grande safado), envolvendo Aloisio Nunes (picareta de carteirinha) e Eduardo Suplicy (símbolo de integridade), na qual o jornalista/apresentador tentava convencer a sociedade, com o auxílio do picareta, de que o partido deles (não vou mencionar o nome) estava resolvendo o problema da Cracolândia, inclusive com depoimentos de viciados dizendo que agora a vida estava muito melhor. Confesso até que fiquei com um pouco de raiva do Suplicy por ter participado dessa falcatrua jornalística.
Mas, esquecendo a faceta política, as drogas são um problema social seríssimo e que deve ser encarado de frente e com seriedade por todo e qualquer governo.
Talvez a descriminalização seja um caminho para, se não acabar, tornar mais fácil seu controle. Quanto ao crack e outros sintéticos que tem surgido, tão nefastos quanto, devem ser erradicados como uma peste. Aqueles que se valerem dessas drogas para obter lucro devem ser trancafiados pelo resto da existência, sem nenhum tipo de benefício ou apelação. E os viciados? Aqueles que já foram total ou parcialmente destruídos? Aqueles que vagueiam pelas cracolândias do mundo? Esses, a sociedade deve pegar no colo e pedir desculpas pelo mal causado, até que os efeitos sejam reduzidos e façam da vida algo suportável, novamente.
Mas tem que começar já. Mas temos que começar já.
Carlos Freire é graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, APG Amana Key de São Paulo, especialista em Educação Ambiental pelo SENAC, mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia. Atualmente é professor universitário e Diretor Executivo da Assessoria Comunicação e Marketing em Manaus/AM.