Estou trabalhando há algum tempo em um livro cujo título será: Marketing, Nova Ciência e Vida. Isso por que creio que todas estas coisas (e todas as outras também) estão permanentemente interligadas.
É impossível fazer marketing sem essa visão abrangente, quântica, sistêmica.
O Universo vai nos proporcionando experiências, vivências, situações a resolver, equações e nós, de nossa parte, vamos vivendo, aprendendo, resolvendo e é a tudo isso que se chama Vida.
Fazer marketing é parte de tudo isso, é exercer uma profissão que tem como objetivo atender aos desejos, necessidades e expectativas das comunidades, no mais amplo sentido e, circunstancialmente, dentro de uma realidade capitalista.
Na medida em que os indivíduos, quando têm seus desejos, necessidades e expectativas atendidos são felizes, podemos inferir que fazer marketing é fazer as pessoas felizes. Uma responsabilidade enorme, uma vez que, a felicidade é o alimento da Vida.
No mundo quântico que habitamos, o inter-relacionamento de tudo e de todos já é uma realidade inquestionável.
Assim, sempre que alguém vence, vencemos todos um pouco. Sempre que alguém capitula, capitulamos todos um pouco. O maior ou menor grau de percepção deste inter-relacionamento está ligado à maior ou menor proximidade do evento e suas interferências diretas em nosso cotidiano.
No Último Discurso, Chaplin dizia que: “…enquanto morrerem homens a liberdade estará salva…”. Nada mais quântico, ainda que naquela época fosse incipiente e desacreditada a Teoria Quântica. Cabia apenas aos visionários a percepção do futuro. De minha parte e sem querer me comparar ao meu xará, digo que: enquanto nascerem crianças a esperança estará salva. Se nos detivermos nestas afirmações e constatarmos que homens morrem o tempo todo, seja por velhice, doença, ideologias ou injustiças e que crianças nascem o tempo todo também, temos a nosso dispor um grande estoque de liberdade e esperança.
De posse destas ferramentas estamos aptos a procurar pelo amor, outra entidade indispensável aos seres humanos. No momento em que conseguirmos unir em um mesmo pacote a liberdade, a esperança e o amor, descobriremos, como em um passe de mágica, a felicidade e concomitantemente o sentido da Vida.
Tudo muito simples. Esse é o marketing da vida.
Artigo publicado originalmente em www.cabugi.com em 08/10/2002
Aulas Prof. Carlos Freire 