Marketing Social

Adaptado de artigo publicado originalmente no portal Cabugi.com em 13/07/2001.

A função econômica das organizações é clara. A função social, já não tão evidente, às vezes é esquecida.

Semana passada esteve em Natal a Sra. Viviane Senna e, em poucas palavras, deu-nos uma lição do compromisso das empresas com os aspectos sociais e dos direitos e obrigações que temos como cidadãos.

Culturalmente encaramos o público como sendo obrigação do Estado e, em função disso, omitimo-nos de nossos direitos e deveres, inclusive de cobrar o próprio Estado, quando este falta.

Ancorada no maior exemplo de competência que tivemos em nosso País, Ayrton Senna, a Sra. Viviane iniciou uma jornada, através da Fundação Ayrton Senna, que conclama empresas e empresários a participarem efetivamente de projetos sociais de largo espectro e por todo Brasil.

Esteve em Natal a convite da Cia. Terramar, instituição não governamental que desenvolve um grande trabalho com menores carentes de Felipe Camarão.

Em paralelo existe o projeto desenvolvido pela LIGA Norteriograndense Contra o Câncer, pela casa de Apoio à Criança com Câncer, por entidades voltadas ao apoio à Terceira Idade e muitas outras iniciativas que a par dos sacrifícios enfrentados, incumbem-se  de tornar o mundo melhor para pessoas necessitadas.

Para as organizações, envolver-se em projetos deste escopo representa, a princípio, o cumprimento de seu papel social, e também uma oportunidade de marketing institucional.

Em artigo anterior já entrei em detalhes sobre os processos que norteiam  a decisão deste tipo de ação de marketing e os benefícios que trazem para as empresas.

Entre os dias 2 e 4 de agosto de 2001, Natal sediou o I Fórum de Higeologia e Qualidade de Vida. A proposta foi a abertura de discussão sobre temas da época e fundamentais à adoção de posturas que determinarão o futuro de nosso Planeta.

Foram 16 palestras sobre assuntos que versaram desde gestão empresarial à espiritualidade, passando por teoria quântica, higeologia, saúde integral, sexualidade humana e energia alternativa, desenvolvidos por entidades internacionais, especialistas, mestres e doutores nos assuntos.

Em todo o mundo tais discussões ganham corpo e vêm determinando o rumo das mudanças de relacionamento entre o homem e seus diversos interfaces.

O início do século é marcado por um grande desenvolvimento tecnológico que multiplica em muito a capacidade social de gerar riquezas. Por outro lado, ainda somos testemunhas de desigualdades sociais sem limite, que mantêm a grande maioria da população em condições de vida sub- humanas, em todo o Planeta.

O grande desafio que se nos apresenta, portanto, é sobre como adotar novas maneiras de atuação que promovam a distribuição das riquezas geradas de maneira mais justa e reduza ou (utopia!) elimine as desigualdades sociais.

“(…) pois hoje a empresa tanto é uma das forças motrizes da destruição do meio ambiente como paradoxalmente também é uma instituição social detentora do maior poder de transformação.”

Fritjof Capra