Artigo publicado originalmente no portal cabugi.com em 19/02/2002
Relacionamentos são relacionamentos em qualquer plano.
O que estamos mais habituados a analisar são os relacionamentos pessoais. Às vezes apaixonados, às vezes ternos, às vezes fraternos. Mas sempre, quanto mais profundos, mais simples de serem compreendidos e vivenciados.
No plano empresarial não é diferente. Cada vez mais as empresas procuram estabelecer relacionamentos de longo prazo e, assim como no plano pessoal, quanto maior o conhecimento sobre o parceiro, mais simples de ser compreendido, vivenciado e desenvolvido.
Atualmente, conhecer os parceiros de negócios (clientes ou fornecedores) é de vital importância. Saber como se comportam a cada nova situação, as expectativas que alimentam, o quê os faz felizes, o quê os mantém dentro do relacionamento, são informações que devem ser atualizadas permanentemente e devem estar à disposição de todos aqueles que lidam com o negócio da empresa.
Tomando apenas dois aspectos – freqüência e rentabilidade – em relação aos clientes, podemos exemplificar o tipo de análise que pode ser realizada.
Como ponto de partida, cada quadrante deverá possuir uma estratégia diferenciada de relacionamento.
Os clientes posicionados no quadrante 4 são, certamente, os que mais interessam à empresa e, para estes, deve-se estabelecer estratégias de fidelização permanentes.
A análise dos clientes posicionados no quadrante 3 pode revelar, através do tipo de negócios que realiza, quais as ações que podem levá-los a aumentar a freqüência e manter o nível de rentabilidade, levando-os para o quadrante 4.
Os clientes do quadrante 2 são aqueles que dependem de investimentos altos para a realização de negócios e que por isso comprometem a rentabilidade, ainda que o relacionamento seja freqüente. Estratégias que os tornem mais rentáveis podem melhorar o resultado das negociações.
Por fim, aqueles situados no quadrante 1 são os que não tem freqüência e nem tampouco rentabilidade e, com os quais não devem ser realizados investimentos até que, por conta própria, posicionem-se em um outro quadrante.
A necessidade de estabelecimento de relacionamentos duradouros é importante para o desenvolvimento do negócio e, mais que isso, saber identificar quem são os clientes que devem receber mais ou menos atenção faz com que não se desperdice recursos que, via de regra, estão cada vez mais escassos.
Um dos papéis do Marketing, talvez até o principal, é exatamente esse. Estabelecer e manter relacionamentos duradouros e rentáveis.
Carlos Freire é graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e APGeano pela Amana Key de São Paulo, Especialista em Educação Ambiental pelo SENAC, Mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia pela UFAM. Atualmente é Diretor Executivo da Assessoria Comunicação e Marketing em Manaus/AM.Visite: www.marketingenatureza.com.br